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25 de agosto de 2011

Gestor de si mesmo


PARA TRABALHAR EM CASA, PROFISSIONAL DEVE TER CARACTERÍSTICAS COMO CAPACIDADE DE AUTOGERENCIAR-SE E MOTIVAR-SE

Não é qualquer pessoa que consegue obter ótimos resultados atuando em casa. É preciso ter perfil para trabalhar isolado e para autogerenciar seu tempo e suas tarefas. Essa pessoa deve ter características como capacidade de adaptação às novas tecnologias, motivação própria, concentração e, principalmente organização e disciplina. E tão importante quanto ser assim, é fazer com que a família entenda e respeite a sua rotina. "Não dá para o trabalhador ser interrompido a toda hora. Acontece muito a ''Síndrome do Jaque'': já que está em casa, cuida do nenê, lava a louça, faz a comida. Não dá para ser assim", destaca o diretor da Cognoscere Consultoria Organizacional, Amaury Moraes Júnior.

A chave para a opção dar certo é ter um lugar específico para trabalhar, de acordo com Alessandra Vernier, que integra a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt). O local deve ser uma espécie de gabinete equipado com os instrumentos necessários para o desempenho das atividades. O mínimo é computador, Internet de boa capacidade, impressora multifuncional, linha telefônica, mesa e cadeiras adaptadas às normas ergomêtricas para evitar lesões por esforço repetitivo.

Estabelecer uma rotina parecida com a que se teria no trabalho fora também é importante. "Deve-se ter horário para café da manhã e vestir-se como se fosse para a empresa", orienta. Ainda é imprescindível haver reuniões periódicas com a empresa para que se mantenham os vínculos com a organização, com sua cultura, valores, como forma de manter os laços sociais entre os colegas. Não é recomendado esquecer de compensar o isolamento profissional com intervalos sociais. O professor de Direito Eletrônico e Teletrabalho, Manuel Martín Pino Estrada, recomenda atentar para o funcionário manter um equilíbrio no número de horas trabalhadas. "Sendo autônomo, o trabalhador pode ir além das suas forças e diminuir a qualidade do serviço", lembra.

Os que mais apostam no teletrabalho

Segundo a pesquisa de 2010 do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), as empresas de grande porte são as que mais usam o acesso remoto ao sistema de computação corporativo. O índice foi de 58% para um espectro de 4.857 empresas pesquisadas em 2010.

A região Centro-Oeste apresentou o maior percentual de empresas com trabalho remoto, de 32%, As da região Sul somam 25%.

Cerca de 24% das indústrias de transformação adotam esse sistema no país.

O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicleta tem 25%.

Empresas de transporte, armazenagem e correio ficam na faixa de 25%.

O setor de alojamento e alimentação é o que menos usa o acesso remoto, 16%.

Atividades imobiliárias, serviços complementares e científicas e técnicas são os setores que adotam o sistema remoto em mais alto índice, 37%.

O teletrabalho é adotado em 25% das empresas dos setores de comunicação, cultura e esporte. 

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